Em Caçapava do Sul…
A coisa está tão enrolada na política caçapavana que até uma nuvem rolo apareceu no céu de Caçapava do Sul. Depois disso, leitor, prepare-se pra tudo.
SEM QUERER QUERENDO – Depois de pedir desculpas em público pelas palavras mal-ditas ou mal interpretadas, o vereador Caio Casanova tem colecionado uma legião de apoiadores nas redes sociais. São mensagens que abonam a conduta pop do vereador bonachão.
CACIQUE JURUNA – Em 1982 Mário Juruna, da etnia Xavante, foi eleito como primeiro deputado Federal indígena do país. Juruna, filiado ao PDT, recebeu 31 mil votos e foi responsável por levar o reconhecimento formal do problema indígena no país. Ele circulava pelos gabinetes da Funai com um gravador para “registrar tudo que o homem branco diz” e poder provar que muitos não cumpriam a palavra.
Como deputado não se intimidou em denunciar um empresário por tentar suborná-lo a votar em Maluf e votou em Tancredo Neves candidato da oposição democrática.
Juruna ainda tentaria a reeleição na eleição seguinte, 1986, mas não obteve êxito.
SEMELHANÇAS – Nos bastidores da última sessão a vereadora Márcia Gervásio foi comparada a Juruna. O motivo é sua atitude semelhante a do indígena: gravar tudo e todos. Conforme seus colegas ela mesmo teria dito que tem por hábito usar deste artifício e ainda teria sugerido que os colegas também o fizessem.
Num curto espaço de tempo ela denunciou o colega Caio Casanova por um pronunciamento que entendera ser homofóbico. Ela que é do PDT assim como Juruna gravou um vídeo onde moradores acusam o prefeito Giovane Amestoy que é do seu partido. No caso de Caio a OAB entrou na briga. No caso de Amestoy o MP também.
Vereadora de primeira legislatura, Márcia busca agir conforme suas convicções sem importar as consequências.
A última coincidência, (Juruna não se reelegeu) só saberemos em outubro do próximo ano, caso a vereadora se candidate a reeleição.
ANTECIPADO – O prefeito Amestoy foi até a Câmara para se defender das acusações que caíram sobre ele. Lá mostrou documentos onde efetuou registro de calúnia e difamação contra a vereadora Márcia Gervásio, no caso do Passinho da Aldeia.
PASTELÃO – Também na sessão passada foi levantada a situação do jovem ADE, que vende seus deliciosos pastéis nas ruas do centro de Caçapava. Para alguns vereadores falta bom senso por parte da fiscalização do município que acaba usando dois pesos e duas medidas quando faz vista grossa a outros ambulantes que têm banquinhas no centro da Capital Farroupilha. Entre os relatos teve vereador que confessou ter comprado mandioca estragada, abacaxi com adoçante e ainda quem teve o limpador do parabrisas rasgado pelo vendedor.
Em São Sepé…
COESÃO – Nesta última sessão o vereador Renato Rosso avisou: daqui pra frente os Pedidos de Informação na Casa do Povo serão analisados e votados em bloco. A deliberação dos vereadores da bancada que defende o prefeito Leocarlos Girardello tem achado que a oposição, ao solicitar alguns pedidos, acaba por afetar a opinião pública de maneira negativa.
Especialista em PIs, Tavinho Gazen, há pouco tempo solicitou informação sobre tubos de concreto que estavam a bastante tempo numa estrada do interior e na semana passada queria saber sobre os PPCIs das escolas municipais. Renato Rosso interveio e disse que Tavinho deveria querer saber também sobre os PPCIs de todos os órgãos públicos municipais e estaduais.
PANO PRA MANGA – Assim como no projeto que proibiu o uso de fogos em São Sepé, onde uns criticaram e outros apoiaram, Rosso, depois de apresentar o projeto que regulamenta os pedágios em São Sepé, provavelmente vai ter de bloquear mais uns amigos no Face.
A iniciativa do vereador deu-se após discussão sobre o fato de jovens estarem realizando pedágios na entrada da cidade em meio ao forte trânsito.
O primeiro embate já ocorreu. Foi pelas redes sociais quando o empresário Felipe Ilha, após postar sua opinião sobre o assunto, viu o texto do vereador pretendendo legislar sobre o tema e desabafou na net novamente seu ponto de vista. Desta vez sobre o vereador.
C/informações Wikipédia