A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em sua 88º assembleia geral no dia 27 de maio, oficializou a concessão do certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação ao estado do Rio Grande do Sul.
A obtenção do certificado de “zona livre de aftosa onde não se pratica a vacinação” mostra ao mundo que o Estado possui um sistema de defesa sanitária confiável, com envolvimento das partes interessadas, possibilitando o acesso ao mercado de carnes chamado circuito “não aftósico”. Existe um potencial de exportação – tanto em volume como em agregação de valor – expressivo, por ser considerado um mercado de elite. Significa o acesso à totalidade dos mercados consumidores de proteínas. Atualmente, a carne gaúcha não acessa 70% de seus potenciais mercados.
A conquista do certificado foi uma decisão madura, ao longo desses últimos 20 anos. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural se preparou tecnicamente para esse momento, com capacitação do nosso pessoal e o georreferenciamento de nossas unidades.
A Fiscal Estadual Agropecuário Brunna Velho Costa e Silva reforça que novo status sanitário vai impactar na prestação de serviços das inspetorias e escritórios da Secretaria da Agricultura. “Destacamos que a grande mudança nas atividades do serviço oficial é a maior intensificação da presença da fiscalização nas propriedades, com o aumento das fiscalizações de trânsito e da sensibilização dos produtores para que notifiquem as suspeitas de enfermidades. O produtor rural terá a partir de agora uma grande responsabilidade na manutenção desse status sanitário, levando em consideração que ele é o maior responsável pela manutenção da sanidade do rebanho, visto que são as pessoas que estão de fato em contato com os animais diariamente e que precisam seguir as recomendações estipuladas pelo Serviço Veterinário Oficial para evitar a reintrodução da doença ou possibilitar a detecção precoce, diminuindo prejuízos.”
É necessário sensibilizar todo o setor produtivo quanto a necessidade de evitar/denunciar a introdução irregular de animais e a notificação precoce de animais suspeitos.
Dessa forma, o Serviço Veterinário Oficial e os produtores compartilham as responsabilidades para preservar com segurança o status de país livre sem vacinação.