O planejamento da sucessão tem por objetivo evitar conflitos por disputas familiares que muitas vezes são disputas primatas que dão origem a conflitos entre familiares e causa de invenções de verdadeiros escândalos com fakes de toda ordem que são fonte de desestruturação de famílias até então bem estruturadas.
Neste cenário os gananciosos com impulsos os mais condenáveis, não percebem que enfraquecendo o poder da família, enfraquecem-se mutuamente.
O Direito de Família não criou regras formais de relacionamento entre pais, filhos, irmãos, parentes e afins, considerando a carga afetiva inclusa nessas relações pessoais, conforme Gladston Mamede – Holding Familiar e suas vantagens.
A holding familiar cuida através da disciplina de Direito Societário de regras mínimas de governança da sociedade.
Ao Direito Societário cabe a elaboração de instrumentos eficazes de controle dos comportamentos dos cidadãos, entre eles o de atuar a bem da sociedade, com uma convivência integra e sadia entre os sócios.
O contrato social (sociedade por quotas) ou o estatuto social (sociedade por ações) viabiliza a instituição de regras para normatizar essa convivência, respeitando a lei suas jurisprudências, sem artifícios ardilosos.
Nos conflitos os sócios terão no Direito Societário instrumentos de solução de desentendimentos, podendo submetê-los a Mediação, ao Judiciário ou, havendo clausula compromissória, aos Juizados Arbitrais.
A importância das holdings familiares verifica-se especialmente em desafios que resultam na desagregação familiar, especialmente quando ocorrem divórcios.
Num processo litigioso o ódio substitui o amor e o desejo de vingança leva as partes a um perde e ganha, desastroso para ambos.
Há ainda a considerar que existem oportunistas que investem em sucessores ingênuos (as) apostando numa vida confortável sem esforço, princípio bem antigo e bem atual e com tantos malefícios as unidades familiares
O chefe da família desempenha um papel econômico e social relevante. A ele cabe a atenção e o respeito a todos os filhos, dando-lhes tratamento digno e distribuição patrimonial igualitária entre os sucessores, sem preferir uns e preterir outros, um exemplo para a integração familiar.
Os riscos de disputas entre sucessores, a incapacidade de gerir eficazmente o patrimônio, os negócios da família e o evento morte são alguns dos incontáveis desafios que devem serem prescrutados, mas sempre precedido de um integro e bem elaborado planejamento estratégico prévio dos direitos e deveres de cada sucessor.
Os países só chegarão ao desenvolvimento econômico e social quando suas unidades familiares forem idôneas, integradas e transparentes com aquela noção exata de que o meu direito termina quando começa o dos outros.