Senar: Um quarto de século que vale por gerações

Colunistas Rural

            Quanto tempo dura uma geração?

            Eis aí uma pergunta para a qual não existe uma única resposta, ou ao menos, não existe um consenso amplo sobre qual resposta seria mais aceita. Alguns dizem que uma geração dura a média do tempo de vida das pessoas em uma sociedade, o que seria hoje algo em torno de 75 anos. Outros definem “geração” como um espaço de tempo caracterizado por comportamentos e hábitos sociais, e que pode durar entre 30 a 25 anos.  Historicamente, tivemos a chamada “Geração Perdida”, nascidos entre 1883 e 1900 que viveram a Primeira Guerra Mundial; “Geração Grandiosa”, que lutou a segunda Guerra; os chamados Baby Boomers, nascidos após a Segunda Guerra, e que dominaram a política até os anos 80; as gerações X, Y e Z, e assim por diante.

            Se é possível que uma geração dure cerca de 25 anos, também é possível que 25 anos tenham impactos definitivos sobre muitas gerações subsequentes. É o que se dá no agronegócio brasileiro com a existência do SENAR, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, que neste ano de 2018 completou seu Jubileu de Prata. Desde sua criação através da Lei Federal 8.315, de 1991, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural nasceu, não somente para assegurar formação e qualificação aos empregados do campo, mas especialmente para dotar o empregado rural de um espírito empreendedor, transformando-o num agente de mudanças do processo produtivo.

            Não por acaso, o período coincide com o começo de uma grande expansão do agronegócio brasileiro. Se hoje o Brasil produz mais de 200 milhões de toneladas de grãos, equivalendo praticamente a uma tonelada de alimentos por habitante, usando apenas 8% do solo disponível no país, isso se deve não somente ao grande incremento de tecnologia nas lavouras e na pecuária, mas também ao grande número de profissionais que, em todo o Brasil, foram capacitados e treinados para esta nova fase do agronegócio nacional.

            Sim, sabemos que ainda há muito a ser feito. Mas graças ao investimento feito em capacitação nos últimos 25 anos, o arquétipo do trabalhador rural como o matuto atrasado e sem estudo, só existe ainda em algumas telenovelas, que não tratam o homem do campo com respeito. Hoje, o trabalhador rural brasileiro é formado, especializado, se prepara para exercer sua atividade, e por conta disso, também é melhor remunerado.  Estes 25 anos de existência do Senar, produzirão ainda um poderoso impacto na economia rural e na vida do país pelas próximas gerações.

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