A Central Sicredi Sul/Sudeste, firmou durante a 41ª Expointer, um convênio de cooperação técnica com a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída). O convênio objetiva beneficiar associados de ambas as instituições com linhas de crédito para projeto e de fontes alternativas de energias renováveis, em especial o de energia solar.
Conforme Leandro Reis Wallau, consultor de negócios da Central Sicredi Sul/Sudeste, a ABGD possui mais de 400 sócios, dentre esses, muitos associados também do Sicredi, assim é possível acolher os pedidos de financiamentos e demandas de todo o setor. “A população tem despertado para a geração de fontes alternativas de energia limpa, visando benefícios significativos de redução da conta de energia”, ressalta Wallau.
Atendo a essa crescente demanda, o Sicredi criou linhas de crédito direcionadas para isso, onde destaca-se a energia solar, que é viabilizada pelo que se chama de autofinanciamento. “Aprovamos o crédito para o associado fazer o projeto e a aquisição das placas solares, que é beneficiado pela redução da conta de energia, direciona o valor que seria pago na conta de energia, para amortizar as parcelas do empréstimo. E quando liquidado o financiamento, os ganhos se concretizam e o associado efetivamente passa a ter uma economia, com uma conta de energia menor”, explica o consultor.
A Central Sicredi Sul/Sudeste orienta os associados interessados a procurarem suas agências e fazerem uma simulação. O prazo máximo para pagamento de parcelas, taxas e linhas de crédito, será definido por cooperativa.
Regras da Geração Distribuída no Brasil As regras básicas definidas pela REN 482/2012, aperfeiçoada pela REN 687/2015 válidas desde 1º de março de 2016: – Definição das potências instaladas para micro (75 kW) e minigeração (5 MW); – Direito a utilização dos créditos por excedente de energia injetada na rede em até 60 meses; – Possibilidade de utilização da geração e distribuição em cotas de crédito para condomínios; – Foi possibilitada a forma de auto-consumo remoto onde existe a geração em uma unidade e o consumo em outra unidade de mesmo titular; – E aberta a geração compartilhada onde um grupo de unidades consumidoras são responsáveis por uma única unidade de geração.
Incentivos à Geração Distribuída no Brasil
O CONFAZ, através do Ajuste SINIEF 2, revogou o Convênio que orientava a tributação da energia injetada na rede. Cada estado passou a decidir se tributa ou não a energia injetada. Até o momento, os seguintes estados aderiram: SP, PE, GO, CE, TO, RN, MT, BA, DF, MA, RJ, RS, RR, AC, AL e MG. O Governo Federal, através da Lei n° 13.169, isentou o PIS e COFINS a energia injetada na rede. Também criou o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD) com intuito de fomentar a geração distribuída no Brasil. Existe a tendência de que municípios passem a adotar medidas de incentivo para a dedução de IPTU para a geração distribuída como é o caso do município de Palmas em TO. Ou a dedução de imposto de renda por amortização de equipamentos. Foi aprovado na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado o projeto de Lei 371 de 2015 para o resgate do FGTS para aquisição de sistemas de microgeração.
Benefícios da GD para o Brasil O Brasil possui um ótimo recurso solar – 1.550 a 2.350 kWh/m² por ano, porém existem outros benefícios agregados a geração distribuída: – Diversificação da matriz energética; – São evitadas perdas por transmissão de energia, considerando que a geração distribuída é disponibilidade próxima ao consumo; – Geração de empregos de qualidade – 30 empregos diretos e 3,1 empregos indiretos por MW instalado (Fonte ABSOLAR); – Possibilidade de desenvolver cadeia produtiva nacional; – Equilíbrio de cargas no sistema na rede de distribuição e na fronteira com a rede básica; – Matriz energética mais sustentável; – Melhor aproveitamento dos recursos; – Maior eficiência energética nos empreendimentos;
Sistemas de GD instalados no Brasil Até o mês de maio de 2016, foram instalados 3.565 conexões no Brasil, sendo 1780 somente entre os meses de janeiro e maio desse ano. Estão previstos aproximadamente mais 4.200 conexões até o final desse ano. Somente no ano 2014, nós saímos de 424 sistemas instalados para 1731 em 2015. Um crescimento de mais de 300 % em um ano.
Metas ProGD: Reduzir as emissões de CO2 em relação aos níveis de 2005, em 37% até 2015, e em 43% até 2030; Alcançar 23% de energias renováveis (além da energia hídrica) no fornecimento de energia elétrica; Alcançar 10% de eficiência no sistema elétrico até 2030.
Conheça o Sicredi O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão valoriza a participação dos 3,8 milhões de associados, que exercem o papel de dono do negócio. Com presença nacional, o Sicredi possui 116 cooperativas em 22 estados* e no Distrito Federal, possui 1.611 agências e gera 24,1 mil empregos diretos em 1.229 municípios no país. Em 204 municípios brasileiros, o Sicredi é a única instituição financeira presente.
*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. |