A I Festa do Azeite de Oliva de Caçapava do Sul foi um novo marco para o Rio Grande do Sul
por William Brasil
Fotos Imprensa da Festa do Azeite e da Prefeitura Municipal
Diz a lenda que quem bebe da água que brota da Fonte do Mato, torna-se para sempre caçapavano e, em tempos de novos frutos que brotam dos solos caçapavanos, como as variedades de azeitonas dos olivais que dão atualmente ao município o status de Berço da Olivicultura no Estado, quem prova do azeite caçapavano, fica para sempre “azeitado!” Assim foi o último fim de semana, quando mais de 15 mil pessoas marcaram presença na I Festa do Azeite de Oliva de Caçapava do Sul.
A festa, que teve a solenidade de abertura Oficial na sexta, dia 29, promovida pela Prefeitura Municipal, com o Prefeito Giovani Amestoy e sua equipe de governo de anfitriões, já começou histórica, pois, pela primeira vez na história o município recebeu a presença de um vice-presidente da república em exercício de mandato, Antonio Hamilton Mourão. Aliás, o general Mourão disse à imprensa municipal que muito já bailou no histórico Clube União (palco do almoço) quando servia o Exército em Bagé.
E falando em história, outro fato, ainda na Solenidade de Abertura, lembrou quando Caçapava do Sul, há mais de um século, durante a Revolução Farroupilha, foi sede da Capital do Governo: para celebrar a abertura da festa, o Governador Ranolfo Vieira Jr Decretou – durante a solenidade e com a presença de Mourão – que o município fosse novamente a Capital do Rio Grande do Sul. E após o ato, e almoço com diversas autoridades do estado (deputados estaduais, secretários, prefeitos, vices, vereadores, de Caçapava e Região), o Governador despachou demandas regionais com diversas autoridades do Gabinete Estadual especial dentro do Clube União, que contou com a presença especial do ex-governador (que disputa vaga para candidato a Presidente), Eduardo Leite.
Nem a chuva que insistiu em cair todo o dia da abertura, e que se intensificou no sábado, fazendo com que as produtoras do evento (FullPaly e 1ª Casa Produções) conseguissem a proeza de adiarem os shows para o domingo sem que houvesse cancelamento de bandas (inclusive grandes shows previstos como Chimarruts e Comunidade Nin-Jitsu), e decisão que fez com que o domingo, frio, cinza até quase o fim do dia, não assustasse as mais de 10 mil pessoas que estavam na estrutura de ponta montada para receber turistas e munícipes, com mais de 22 expositores, sendo 9 deles produtores de azeites do município (que também detém o título de mais marcas de azeites de oliva no estado).
Os expositores, enquanto apresentavam os premiados azeites, de variados sabores e harmonizações, que rendeu a venda de mais de 1.300 garrafas conforme levantamento prévio da Imprensa Municipal, faturamento de vendas estimado acima de R$ 70 mil reais, os shows rolavam no palco principal (além do Chimarruts, Comunidade Nin-Jitsu, artistas locais, teve também Dante Ramon Ledesma, Bonecos da Serra, Jairo Lambari, Mc Funk, entre outros) para todos os gostos e estilos, assim como o produto carro chefe da feira. As soberanas (Ana Constante, Bruna Meireles e Karine Trindade), que ganharam destaque nacional pela beleza, simpatia e representatividade, receberam as milhares de pessoas de todo o Estado, enquanto pequenos produtores, artesãos, microempreendedores – que também participaram do evento, sendo com Geoprodutos ou carrinhos de lanches -, ficaram extremamente satisfeitos com os resultados e da retomada de eventos festivos gratuitos, aberto ao público, comemorando as vendas e a retomada da economia solidária. Os hotéis, restaurantes e lancherias, também celebraram casa cheia ao longo dos dias da festa, cujo investimento (mais de R$300 mil reais) foi quase em sua totalidade de Lei de Incentivo a Cultura, ou seja, dinheiro de impostos das empresas locais que seriam retidos pelo/para o Estado, mas que ficou aqui, no projeto apresentado e aprovado pelo Conselho de Cultura Estadual após diversas reuniões entre a produtora, Prefeitura, IbraOliva e Olisul.
Esta foi a I Festa do Azeite de Oliva de Caçapava do Sul, município de tanta beleza de geodiversidade, de gente “que não se entrega” – como diria o guapo Lino, terra dos “”papas-laranjas”, “Capital do Carinho”, “da Geodiversidade”, “Portal das Belezas do Pampa” e, quem viu, veio, ou já provou do azeite, sabe que foi a primeira de muitas! Reza a lenda atual que na Igreja Matriz, no centro histórico, e que observou do alto de suas imponentes torres com sinos jesuíticos do século XVIII a multidão que se aconchegou no Largo Farroupilha, que a água benta foi substituída por azeite de oliva e todos foram “azeitados pelo divino” desta árvore, símbolo religioso, a Oliveira, que produz o famoso e celestial azeite caçapavano.
Dados prévios:
1.300 garrafas de azeites de Oliva Comercializados
+ de 20 expositores de diversos produtos, de azeites a geoprodutos, suvenires, alimentos
+ 70 mil de faturamento em vendas somente nos estandes
Investimento da festa de mais de R$320 mil reais, sendo mais de 80% via Lei de Incentivo à Cultura de empresas de Caçapava do Sul e região
Dante Ramon Ledesma
