O mundo vem passando por grandes transformações econômicas e sociais, tendo a China como motor propulsor desse crescimento com índices muito acima da média mundial, sua indústria inundou o mundo com tudo o que se possa imaginar de quinquilharias a veículos, tudo isso com preços muito abaixo da concorrência mundial graças a um baixo custo de mão de obra, se tornando o local preferido para que as marcas famosas instalassem suas unidades fabris aproveitando o fator custo de mão de obra.
Mas nesse momento as coisas não andam bem para os Chineses, mais do que isso, a China enfrenta uma grande crise causada pela bolha no mercado imobiliário que está impactando seriamente a economia chinesa a ponto de colocar em xeque o futuro desse imenso país. Para piorar estão passando por uma grande crise no setor energético motivada por uma das maiores secas dos últimos tempos, que secou o maiores rios e lagos, gerando falta d’água para o plantio e para as indústrias produzirem, tudo isso faz com que muitos cogitem que a China está prestes a entrar em colapso econômico.
Uma das maiores construtoras da China a Evergrande está quase quebrada, com uma dívida gigantesca, com muitas obras paradas. Interessante entender que em 1998 a China privatizou o setor imobiliário dando autonomia para quem desejasse investir nesse ramo o que logo passou a ser uma das únicas opções para os chineses investir e ganhar dinheiro já que a maioria das áreas ainda são estatizadas, um exemplo disso é a recente reforma da educação que passou a proibir que empresas tenham lucro com a educação, levando milhares de empresa a falência com a demissão de 60 mil pessoas, esse fato é mais um que leva o Chinês a não investir dentro do país por falta de confiança no governo e suas regras que podem de uma hora para outra mudar o jogo.
Mas o crescimento do setor imobiliário e a crescente especulação dos investidores levaram a um aumento gigantesco nos preços dos terrenos fazendo com que pessoas mais comuns não tivesse condições de comprar os imóveis com isso muitas casas a venda não encontram compradores e cidades inteiras estão vazias por falta de clientes levando as construtoras a beira da falência, já que pegaram emprestados somas vultuosas de créditos junto ao governo e aos clientes e agora não conseguem pagar, tendo como garantia dessas dívidas apenas os imóveis construídos que hoje não estão sendo vendidos. O impacto pode extrapolar as fronteiras geográficas da china já que muitos
credores estão espalhados mundo a fora, fato que pode afetar a economia global como aconteceu com a crise imobiliária americana. Esperamos que o gigante asiático não piore ainda mais as condições da economia global que depois da pandemia e da guerra da Rússia anda de pernas bambas.