Educação brasileira em marcha ré

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Ao analisar a qualidade de ensino das últimas décadas no Brasil, os resultados são desanimadores, isso me leva a uma pergunta: Estamos formando pessoas para que?
Basta conversar com os nossos jovens para ver o grau de analfabetismos operacional desses. Numa entrevista de emprego, buscando descobrir suas habilidades e formação o resultado sempre é terrível, as vezes parece que estamos lidando com pessoas que nunca foram a uma sala de aula.
Mas a pior notícia é imaginar que o futuro do Brasil será decidido por essas pessoas: políticos, gestores públicos, funcionários públicos, todos com essa base de formação. Estamos ferrados.
A história mostra o quanto um processo educacional bem estruturado pode mudar uma realidade, basta voltar ao passado e ver exemplos como o Japão, Vietnã entre outros.
O Japão saiu devastado da segunda guerra, para se recuperar e ainda se tornar uma potência mundial tudo graças a decisão de investir em uma educação com qualidade, alunos em regime integral, professores altamente capazes e preocupados em formar com excelência.
Outro exemplo e talvez mais impressionante é do Vietnã que enfrentou uma longa guerra com os Estados Unidos, foi devastado e hoje é uma potência no Sudeste Asiático, tudo também graças a uma política do governo vietnamita que investiu forte no processo educacional, destinando uma parcela significativa do orçamento nacional para a educação, aumentando os investimentos em infraestrutura, como construção e melhoria de escolas e instituições educacionais, especialmente em áreas rurais e remotas.
Isso ajudou a aumentar a acessibilidade e a reduzir a disparidade de oportunidades educacionais entre áreas urbanas e rurais. Valorização dos professores investindo em sua formação e desenvolvimento profissional. Salários mais altos e melhores condições de trabalho foram implementados para atrair e reter profissionais qualificados, com isso obteve-se um impacto positivo na qualidade do ensino, pois professores motivados e bem preparados são essenciais para o sucesso educacional dos alunos, dando ênfase em habilidades e educação técnica: O Vietnã reconheceu a importância da educação técnica e profissional para o desenvolvimento do país.
O sistema educacional foi reformulado para incluir programas que capacitam os alunos com habilidades práticas e voltadas para o mercado de trabalho, o que contribuiu para a empregabilidade dos jovens e para o crescimento econômico, gerando ótimos resultados em avaliações internacionais de educação, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). Os alunos vietnamitas se destacam em matemática, ciências e leitura, superando a média global e até mesmo países desenvolvidos.
O Brasil bem que poderia seguir um desses exemplos de sucesso, temos hoje investimentos insuficientes em estrutura, tecnologia, acesso à internet, material didático, aula em tempo integral, alimentação, formação de professores que não atende a necessidade do sistema educacional moderno, baixa remuneração, péssimas condições de trabalho, diferenças entre escolas no que tange ao nível de qualidade de ensino e estrutural.
Vejo ainda como grande problema os currículos desatualizados para esse novo momento, uma nova economia, que não alinha a formação com as necessidades dos alunos e do mercado de trabalho, tornando menos atrativo a formação por parte dos alunos.
Por último vejo uma falta de engajamento e comprometimento dos pais com seus filhos no que se refere a formação escolar, mandam os filhos para a escola como forma de se livrar desses por um tempo e não cobram os resultados nem dos filhos e nem da escola, não acompanham o desenvolvimento desses e para coroar o fracasso o nosso país no lugar de oportunizar bom ensino a todas as classes sociais ele prefere instituir cotas com se isso suprisse a qualidade de ensino.

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