Uma pesquisa realizada em setembro com mais de 1000 empresa em todo o Brasil, mostrou que 98% dos pequenos varejistas enfrentam dificuldades financeiras, de cada 10 gestores do ramo, nove dizem ter algo no negócio tirando o seu sono, como despesas administrativas e financeiras. Os maiores desafios estão justamente relacionados às despesas administrativas (18%), gestão financeira (15%), como enfrentar a concorrência (10%), questões que envolvem precificação (7%), entre outros. Detalhando os desafios financeiros, 98% admitem algum tipo de problema. Desses, 40% reconhecem dificuldade para investir no negócio e 38% não conseguem separar as contas pessoais do comércio. Apenas 2% não têm nenhuma dificuldade financeira. Entre os temas mais citados pelos entrevistados estão investir os ganhos no próprio negócio por conta própria (40%), separar o dinheiro para as despesas do negócio por conta própria para as despesas pessoais (38%), precificar os produtos de forma adequada (37%) e conseguir crédito e empréstimo (36%).
Mas não são apenas os pequenos varejistas que enfrentam problemas, empresas como Americanas, Marisa, Tok & Stok, Amaro, Centauro e outras aparecem esse ano na lista de varejistas com problemas financeiros que chegam aos bilhões de reais, poderia citar outras que também enfrentam dificuldades dentro do setor varejista. Mas a pergunta que fica é porque esse setor está levando tantos negócios a terem dificuldades ou até mesmo a falência?
As mudanças nos hábitos de consumo e o excesso de concorrência no varejo brasileiro estão desafiando as maiores redes do país a explorar estratégias de vendas inovadoras, imagina quando falamos do pequeno varejo, esse os desafios são maiores ainda por falta de um processo de gestão mais eficiente e adequado a esses novos tempos. Mas com certeza um dos maiores desafios é enfrentar o e-commerce, ou comércio eletrônico mundial, nessa briga entre a loja física e o comércio virtual a disputa normalmente pende para o virtual em função desse poder trabalhar com preços menores, já que também tem custos de operação mais baixos com relação a uma empresa física.
Outros desafios relevantes são o excesso de concorrência; resistência a inovação; falta de tecnologia; infraestrutura e logística obsoleta; falhas no processo de comunicação; baixo investimento em marketing digital, ou até mesmo a inexistência desse; falta de visão empresarial; carência de profissionais qualificados especialmente bons vendedores; margem de lucro cada vez menor; processo de gestão ineficiente e espirito empreendedor.
Tem como prosperar nesse nicho de mercado? A resposta é sim, desde que haja profissionalização e compreensão de que é um mercado muito competitivo e que vai necessitar criar um diferencial que chame a atenção do mercado consumidor, fazendo com que esse no lugar de comprar via internet opte por comprar na loja física. A primeira coisa que precisa ficar claro é que os preços precisam ser competitivos, o que não é uma tarefa fácil, deve começar no momento da compra, bons fornecedores, preço adequado e produtos desejados, passando por um atendimento personalizado e uma logística adequada, nunca esquecendo do marketing apropriado ao que se propõe a vender. Você que pensa abrir um pequeno negócio, pense bem antes, faça um bom plano de negócio, busque ajuda de quem entende.