Esse é o desejo da grande maioria das pessoas, mas poucos conseguem de fato fazer uma economia que reflita em sobras que gerem uma poupança ou outros ativos financeiros. Ter uma reserva financeira é uma necessidade primordial para segurar imprevistos como doenças, quebras de veículos, reformas de imóveis entre outros que surgem nas nossas vidas. A grande desculpa para não poupar é “eu ganho pouco”, muitas vezes é uma realidade, mas em outros casos não é o ganho que é pouco e sim os gastos que são muitos. Lembro de uma pesquisa passada sobre o grau de endividamento e nessa pesquisa os mais endividados não eram o que ganhavam menos e sim os que tinha altos salários. Conheço várias pessoas que estão nessa situação, tenho como exemplo pessoas que trabalharam comigo na construtora, que mesmo não tendo altos salários, conseguiam poupar alguma coisinha, serventes que poupavam mais do que os pedreiros que ganhavam mais.
O ato de economizar exige uma gestão eficiente do orçamento pessoal ou familiar, onde tudo deve ser anotado e controlado com rigor, mas não basta apenas isso, o mais importante é ter uma disciplina militar com o uso do dinheiro, não ceder as tentações de jeito nenhum. É necessário administrar os gastos da família, principalmente dos filhos que hoje estão cada vez mais sem noção de onde sai o dinheiro. Vivemos num sistema extremamente consumista, mas isso não quer dizer que vamos cair nessa armadilha de compras sem as comprovadas necessidades, muito menos comprar sem ter os recursos disponíveis, atitude que leva ao endividamento e gastos com juros.
Infelizmente a juventude de hoje faz força para jogar o seu dinheiro fora, depois reclama de tudo e de todos pela falta de grana no bolso. Se olharmos como agiam os jovens do passado veremos uma grande diferença com relação aos jovens de hoje. No passado, primeiro poupávamos para comprar um terreno e construir uma casa, depois vinha o carro, hoje, primeiro, o carro usado que vai gerar um gasto enorme com oficina e combustível, depois vem elevado gasto com bebidas, gastos com roupas de marca e festas.
Temos um público que gosta de viver de aparências, parecer o que não é o que não tem, essa atitude gera gastos elevados, levando quase sempre ao endividamento, com isso mais gastos com juros. Bancar o que não é, viver preocupado com o que os outros pensam ou falam é uma burrice enorme que vai lhe gerar grandes pesadelos financeiros. Não tem jeito, se você quiser realmente poupar, comece eliminando tudo aquilo que não é necessário, inclusive o carro, elimine gastos com supérfluos e coisas que não somam quando for ao supermercado. Faça um sistema de poupança compulsória, tire pequenas coisas que não somam para você, até mesmo no mercado é possível eliminar muita coisa, tipo refrigerante, doces, enlatados, bebidas, etc. Compre sempre a vista, essa atitude vai lhe poupar muito dinheiro com juros. Mas não esqueça da disciplina militar, não seja mole na gestão do teu orçamento.