A soma de todos os valores arrecadados em receitas federais no mês de Julho de 2024 ultrapassou os R$ 231 bilhões. O resultado representa um grande crescimento, de 30 bilhões de reais, em relação ao mesmo mês no ano passado.
Em termos reais – ou seja, descontando a inflação – isso representa um aumento de 9% entre um período e outro.
Acumulado do ano
Entre Janeiro e Julho deste ano, a arrecadação total somou já R$ 1,529 trilhão. Cerca de 200 bilhões a mais que no mesmo período em 2023.
Aqui, temos um crescimento real de 9,15%.
Indicadores macroeconômicos
Por trás dos resultados da arrecadação, temos uma série de fatores vindos da própria economia brasileira – pois é sobre a riqueza gerada que incidem os tributos.
O primeiro deles é a produção industrial. Entre Julho do ano passado e Julho agora, tivemos aqui um crescimento de 5,6%.
Outro indicador importante é o da venda de bens – o comércio – que nesse um ano cresceu 2%.
No setor de serviços, o avanço foi de 1,3%.
Salários em alta
Outro ponto interessante é a massa salarial – ou seja, a soma de todos os salários recebidos pelos trabalhadores brasileiros – que entre Julho 2023 e Julho 2024 teve um crescimento nominal de 10,28%.
Este resultado repete uma tendência de avanços que vem desde a metade do ano passado.
A massa salarial é um fator crucial porque resulta em um aumento das arrecadações de Imposto de Renda Retido na Fonte e também de Contribuições Previdenciárias.
Comércio exterior
O valor em dólares das importações – daquilo que compramos de fora – teve um aumento, nesse um ano, de 18%. Esse resultado foi puxado pela própria atividade industrial, já que ela gera uma demanda por insumos e itens vindos do exterior.
Notas fiscais eletrônicas
A Receita Federal extraiu dados das Notas Fiscais Eletrônicas e constatou um crescimento real de 3,66%, em relação ao ano passado, das somas movimentadas nelas. O que também indica uma aceleração da atividade econômica no país e tem efeitos diretos sobre a arrecadação.