Estudos agronômicos realizados pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) apontam que quase a totalidade das propriedades rurais brasileiras ainda precisa corrigir a acidez do solo. Quem explica é o engenheiro agrônomo, doutor em ciência do solo e pesquisador, Jackson Fiorin. Ele fará a palestra “A Nova Recomendação de Calagem da RTC”, na noite de abertura da 89ª Expofeira Agropecuária de Caçapava do Sul, 26 de setembro, a convite da Cotrisul.
“Quando olhamos os diagnósticos de análise de solo, de diversas regiões e, também, de diferentes anos, percebemos que, na média, 90% das propriedades rurais precisam corrigir a acidez. Desse total, uma fatia de 42% delas precisa aplicar doses altas ou muito altas de calcário”, detalha, ao observar que, embora o manejo da acidez seja realizado há 60 anos, a recomendação de doses baixas não garante a eficiência na correção do Ph.
O especialista trabalha desde 1993 como pesquisador nas áreas de fertilidade do solo e nutrição de plantas na Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL, mantenedora da RTC). Ele afirma que a recomendação usual de calcário em sistema de plantio direto segue diretrizes estabelecidas há 30 anos, quando a meta era alcançar 45 sacos de soja por hectare. Atualmente, com o uso de cultivares de alta produtividade – mais sensíveis à acidez – é necessário aplicar até três vezes mais calcário.
Segundo Fiorin, quando se corrige com eficiência a acidez do solo, se alcançam níveis superiores de fertilidade para qualquer tipo de produção. Tanto para o cultivo de grãos (soja, arroz, milho, trigo etc.), quanto para as pastagens em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária. Este aumento da fertilidade melhora o rendimento do sistema produtivo, garantindo sustentabilidade econômica para a atividade rural.
A palestra de Jackson Fiorin será aberta para produtores rurais associados à Cotrisul e irá acontecer, a partir das 19h30min do dia 26/09, na casa compartilhada pela cooperativa e pelo Sindicalc, no parque de exposições Eliseu Benfica. Na manhã seguinte, o especialista realizará, no mesmo espaço, o treinamento “Correção da Acidez do Solo – Desafios e Oportunidades”, para os técnicos das duas entidades.