Unipampa realiza seminário de formação para professores do campo e das águas

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Evento marca o início de formações voltadas a professoras/es de escolas do campo, das águas e das florestas, promovendo a integração entre universidade, escola e comunidade.
Nos dias 23 e 24 de maio, o Campus Dom Pedrito da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) recebeu o 1o Seminário de Formação das Equipes Técnica-Pedagógicas, com o tema “Educação do Campo em Movimento: Escola da Terra e Pampa Alfabetizado”. O evento marcou o início de dois cursos de formação continuada voltados a professores que atuam em escolas do campo e, pela primeira vez, em escolas das águas, localizadas em regiões ribeirinhas e costeiras.
A programação teve início com uma mística, um ritual simbólico de valorização da terra e das raízes culturais, seguido pela apresentação musical “Não Vou Sair do Campo” e “Construtores do Futuro”. O encerramento contou com a canção “Canção da Terra”, reforçando o vínculo entre educação, território e identidade.
A cerimônia de abertura contou com a presença da vice-reitora da Unipampa, Franceli Brizolla; do coordenador de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), Udo Sinks; do coordenador acadêmico do Campus Dom Pedrito, professor Algacir José Rigon; além de docentes, formadores e cursistas dos programas.

Escola da Terra e Pampa Alfabetizado: formação com os pés no território
Financiados pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), os cursos Escola da Terra e Pampa Alfabetizado serão ofertados ao longo de 2025. A formação será realizada em regime de alternância, com 180 horas totais, sendo 100 horas de atividades na universidade (tempo-universidade) e 80 horas nas escolas (tempo-escola), promovendo a integração entre teoria e prática.
Segundo o coordenador do programa de extensão “Pampa Alfabetizado”, professor Guilherme Gonzaga, que também já coordenou a 1° edição da Escola da Terra, o grande diferencial da proposta é levar a universidade até as comunidades. Atualmente, a coordenação do programa Escola da Terra está a cargo do professor Jonas Anderson Simões das Neves. De acordo com Neves, “nesta edição, o programa manteve a mesma estrutura de organização de encontros nos territórios e de atividades de Tempo Comunidade, mas procurará dar uma atenção maior à produção de materiais didáticos para as escolas”. A previsão é de que os cursos tenham duração de seis meses.
A segunda edição da Escola da Terra abrangerá os municípios de Bagé, Candiota, Hulha Negra, Caçapava do Sul, Rosário do Sul e Alegrete, atendendo 120 professores de escolas do campo. Já o Pampa Alfabetizado, vinculado ao programa nacional Criança Alfabetizada, contemplará 200 professores de escolas rurais e das águas nos municípios de São Lourenço do Sul, São José do Norte, Rio Grande, Canguçu, Piratini, Santana da Boa Vista, São Gabriel e Santa Maria.
Os cursos atenderão estudantes oriundos de diversas realidades socioterritoriais, como famílias de pescadores artesanais, comunidades quilombolas, o povo pomerano, pecuaristas familiares e assentados da reforma agrária. Para o professor Guilherme Gonzaga, a iniciativa é muito importante para o fortalecimento da educação territorializada: “A proposta valoriza a formação continuada dos professores com foco na tríade universidade, escola e comunidade. Isso gera impacto direto na qualidade da educação básica e na valorização dos saberes dos territórios”, destacou o professor.
O projeto Pampa Alfabetizado conta, além da coordenação de Gonzaga, com a participação da professora Denise da Silva Goerch e da Técnica-Administrativa em Educação (TAE) Isabel Cristina de Mello. Já a equipe da Escola da Terra, além da coordenação do professor Neves, conta com a docente Andréia Nunes Sá Brito e com a professora e egressa do curso de Educação do Campo, Sinara da Silva Chagas.

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