Polícia prende suspeito de matar vereadora de Formigueiro; crime brutal chocou a região e repercutiu no Brasil

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O principal suspeito de ter assassinado a vereadora Elisane Rodrigues dos Santos, de 49 anos, foi preso na tarde desta sexta-feira (21) pela Polícia Civil. A prisão preventiva foi decretada pelo Poder Judiciário após parecer favorável do Ministério Público. O homem confessou o crime e, no momento da coletiva de imprensa, estava sendo conduzido a um presídio.

A prisão foi anunciada em entrevista coletiva realizada na Câmara de Vereadores de Formigueiro, com a presença do delegado responsável pela investigação, Antônio Firmino de Freitas Neto, do delegado regional Sandro Meinerz, do comissário Edson Heinle, do prefeito Cristiano Cassol, e do presidente da Câmara, Pablo Milani.

Durante a coletiva, o delegado Firmino destacou a brutalidade do crime e a resposta rápida das forças de segurança. “Estamos falando de um crime que chocou Formigueiro, a região e o Estado. Em apenas três dias conseguimos identificar, localizar e prender o executor”, afirmou.

Segundo as autoridades, a vereadora foi atraída até o local do crime por alguém de sua confiança. Ela foi morta por volta das 21h30 de segunda-feira (17), com múltiplos golpes de faca, em um ataque que quase resultou em decapitação. O corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte, ao lado do carro da vítima, em uma estrada rural no Rincão dos Machado.

suspeito preso é morador da região e mantinha vínculos com a família da vítima, com quem já havia trabalhado. A investigação aponta que o crime foi encomendado por uma facção criminosa para atingir um familiar da vereadora, supostamente envolvido com o tráfico de drogas. “A intenção era causar sofrimento à família, especialmente ao filho da vítima, que seria o próximo alvo”, afirmou o delegado Sandro Meinerz.

A polícia também confirmou que o acusado confessou o crime e que elementos importantes foram recolhidos, como a moto usada no dia do assassinato, além de vestígios de sangue em roupas e no veículo, que agora passam por perícia. O delegado enfatizou que, embora a confissão tenha ocorrido, o inquérito ainda está em andamento e a polícia trabalha para identificar e prender o mandante do crime, que já teria sido identificado.

promotor de Justiça Guilherme Castelhone Chagas comentou a prisão:

“A vítima, vereadora com forte atuação na região, foi alvo de ato brutal que exige uma resposta eficaz e firme das instituições. A prisão preventiva é essencial para a continuidade das investigações, que contarão com o acompanhamento atento do Ministério Público.”

Crime político e feminicídio foram descartados

Desde o início, todas as hipóteses foram consideradas pela investigação, incluindo motivação política e feminicídio. No entanto, ambas foram descartadas com o avanço das apurações. “A causa da morte não foi por ela ser mulher ou vereadora, mas sim uma retaliação indireta contra um familiar”, esclareceu Firmino. Ainda segundo ele, o uso de arma branca e o modo de execução reforçam a estratégia de causar sofrimento deliberado à família.

Especulações prejudicaram o caso

As autoridades também criticaram a propagação de boatos nas redes sociais, que dificultaram o trabalho investigativo. “Muitas vezes, o silêncio é necessário para proteger a investigação e evitar que falsas informações prejudiquem a coleta de provas”, destacou o comissário Edson Heinle.

ENTENDA O CASO

Elisane Rodrigues dos Santos, de 49 anos, era técnica de enfermagem e exercia seu primeiro mandato como vereadora de Formigueiro. Era a única mulher na Câmara Municipal e se destacava por sua atuação em defesa das causas sociais e dos povos quilombolas. Na manhã do dia 17 de junho, seu corpo foi encontrado com múltiplas facadas ao lado do carro, em uma estrada rural na localidade de Rincão dos Machado.

A morte brutal comoveu a comunidade local e gerou ampla repercussão. Agora, com a prisão do executor, a Polícia Civil concentra esforços na responsabilização completa de todos os envolvidos.

Elisane durante a Sessão Legislativa de 16 de junho de 2025

Imagens: Reprodução entrevista coletiva Câmara de Vereadores e Polícia Civil

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