Confira a posição dos participantes da reunião sobre manutenção da paralisação do comércio em Caçapava do Sul

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Em reunião realizada hoje (30), na Acic, foi decidido que o decreto será mantido e o comércio voltará de forma parcial no dia 6 de abril, em Caçapava do Sul. A decisão de como será feita a abertura de forma parcial será na sexta-feira, 3.

Conforme a Prefeitura, apesar do Decreto Estadual da última sexta feira, 27, ter “liberado mais atividades comerciais que mantem a engrenagem de atividades básicas”, conforme justificou o Governador Eduardo Leite no anúncio, a Prefeitura manterá o Decreto Municipal nesta semana, com a liberação de serviços apenas essenciais relacionados à distribuição de alimentação e de produtos de higiene e saúde.

No novo Decreto do Estado, a abertura de Bancos, com protocolo de atendimento com horário diferenciado para idosos e, abertura de restaurantes para atendimento ao público, de mais comércios necessários para manter os considerados básicos abertos, como borracharias e oficinas, lojas de vendas de peças e materiais de construção, foram liberados em sistema de escalonamento.

Estiveram entre os presentes, o prefeito Giovani Amestoy, Comitê de Combate ao Coronavírus e representantes do Sindicato dos Comerciários, CDL, Sindilojas, Associação Comercial (Acic) e Câmara de Vereadores, através do Presidente Mariano Teixeira..

A decisão foi tomada após uma profunda discussão entre os presentes. Confira algumas considerações:

Otile Casanova – Sindilojas
A grande maioria dos Sindilojas da região está fechada. Neste caso não existe dono da verdade, os dados mudam a cada dia. Minha sugestão e reabrir com restrições, cumprindo o prazo do decreto da Prefeitura.

Inês Salles – Secretária da Saúde:
Estamos tomando as medidas necessárias. Hoje a população está atenta a isso, apesar de ainda ter algumas pessoas circulando nas ruas.

Sandra Bairros – Comitê Covid-19:
Não temos casos de coronavírus em Caçapava do Sul. Somente ontem (29), colocamos seis pessoas na quarentena. Nosso pedido do comitê é manter o decreto.

Rosemari Werlang – Comitê Covid-19:
Existe a questão do nível de infecção e a quantidade de pessoas ao mesmo tempo. Temos médicos afastados por idade e outros por comorbidades. Todas as questões econômicas são importantes, mas as vidas são ainda mais.

Fábio Lacava – Construção Civil:
Respeito a parte da saúde, mas penso que temos que achar a fórmula para não parar o sistema. Como não tivemos nenhum caso, acredito que daria pra abrir o comércio com certos cuidados. No meu ramo, que é a construção civil, não são mais de mil empregos em Caçapava, entre formais, informais e terceirizados. Vamos tentar entrar em sincronia.

Lasier Garcia – Sindicato dos Trabalhadores Rurais:
Peço que cada segmento transmita a população como que vamos fazer daqui para frente. Concordo com o decreto, mas que a gente se prepare criando uma estrutura melhor. Se seguirmos desta forma, parados, vamos ter problemas graves do ponto de vista econômico. Penso que devemos voltar dia 6 de abril, de forma gradual.

Ciro Chaves:
Temos que ter empatia e se colocar no lugar de cada um. Temos que resolver como vamos expor a população em relação ao vírus. A melhor forma é a abertura gradual dos estabelecimentos. A solução está em cada um de nós.

Odacir Mariani – CDL:
Em uma pesquisa com associados da CDL, a maioria é a favor de manter as atividades. Acredito que é importante ter uma forma de segurança, mas voltar as atividades. Tem muitas CDL’s que propõe uma abertura parcial.

Cassius Poglia:
Minha sugestão é de que se crie um comitê do comércio com o objetivo de achar uma interseção entre economia e saúde.

Mariano Teixeira – Câmara de Vereadores:
Muito importante as considerações aqui colocadas e acredito que devemos cumprir o decreto e voltar gradualmente.

Prefeito Giovani Amestoy:
Agradeço a presença de todos, as mensagens da população apoiando e dando sugestões, e aos trabalhadores da saúde.
Por que o coronavírus nos preocupa? Porque contagia muito rápido. A mutação do vírus está acontecendo. Isso dificulta o tratamento e pesquisa de uma vacina.
Por isso, estamos buscando alternativas. Sobre fome: estamos liberando a compra de 1 mil cestas básicas para distribuir a população que necessite.
Além disso, todos os servidores da saúde deverão entregar medicamentos para as pessoas idosas em casa. Ou seja, pessoas instruídas farão a entrega dos medicamentos em casa para que nem os idosos e nem os familiares precisem ir buscar.
Temos ciência de que o panorama está mudando a cada hora, mas vamos seguir com o decreto.
Agradeço a Câmara pelo repasse de R$ 80 mil e o judiciário por liberar R$ 103 mil no combate a Pandemia.

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