VIVEMOS UMA CRISE DE NOVAS LIDERANÇAS

Colunistas Geral

Quando o ser humano escolheu viver em grupos lá no início das civilizações, começava ali, um sistema social que hoje é extremamente complexo e que exige dos membros da sociedade pessoas capazes de conduzir e liderar os projetos que dizem respeito a todos, chamados de projetos sociais ou de interesse coletivo, atuando esses voluntariamente ou através de organismos públicos, tendo o voto como uma forma de escolher quem estará no comando.
O grande problema é que hoje vivemos uma crise de novas lideranças, de pessoas que assumam a responsabilidade por questões coletivas, que tenham a capacidade de liderar em prol de um objetivo comum, resultando na carência de pessoas que realmente buscam o bem coletivo. Boa parte de quem está em posição de liderança hoje buscam atingir interesses pessoais ou de pequenos grupos, mesmo que para isso outros tenham que pagar a conta.
Hoje sentimos a falta de líderes inspiradores e motivados, que sejam capazes de encorajar outras pessoas na busca por uma sociedade melhor, levando esses a serem atores dessas mudanças dentro das células dessa sociedade. Líderes que formem outros líderes, sem medo de perderem espaço.
Essa renovação é necessária para que a nossa sociedade continue tendo vitalidade e juventude frente as grandes transformações econômicas e sociais do mundo.
Hoje a desconfiança nas instituições é preocupante e maléfica a uma sociedade sadia, enfrentamos uma séria crise de confiança nas instituições e autoridades. Escândalos de corrupção, abuso de poder e falta de transparência minaram a confiança das pessoas junto as lideranças atuais, tornando-as relutantes em assumir um papel de líder. Outro ponto que assusta e afasta novos líderes é o medo da exposição pública e do escrutínio, o medo do resultado de uma eleição, as críticas intensas nas mídias sociais tornam-se intimidantes para aqueles que desejam se envolver em cargos de destaque. Além disso, falta oportunidade e incentivo para a renovação através da entrada de jovens nesse processo.
A grande saída é gerar um processo educacional com foco no desenvolvimento de habilidades de liderança, juntamente com o incentivo de quem hoje está em posição de líder social. O ideal é investir em programas de formação e capacitação que desenvolvam essas habilidades a partir das crianças, passando pelos jovens, para que dessa forma tenhamos adultos preocupados com o ambiente em que vivem, que atuem como agentes de mudanças e de melhorias, que empolguem outras pessoas a lutarem pelo social. Isso pode ser feito por meio de currículos escolares, treinamentos específicos e programas de mentorias.
Devemos reconhecer e celebrar líderes inspiradores que estejam fazendo a diferença em suas áreas de atuação, pessoas que fazem o bem sem nada em troca, uma atuação voluntária com foco no coletivo. Isso pode motivar outras pessoas a seguirem seus exemplos e buscar posições de liderança, seja na sociedade local ou até mesmo mundial. Buscar referencias de líderes inspiradores também é uma alternativa.

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