Fazer uma Faculdadeou Curso Técnico?

Caçapava do Sul Colunistas Geral

Estamos na luta pela instalação de uma unidade do Instituto Federal Farroupilha em Caçapava do Sul. Será uma grande conquista, assim como foi com a Unipampa, concedendo uma oportunidade única de capacitação, não oportunizada no momento atual. Desse modo, se torna importante ressaltar as diferenças entre uma Faculdade e um Instituto Federal. A principal diferença está na atuação do profissional. No curso técnico, a formação é mais restrita e focada em uma atividade prática direcionada ao mercado de trabalho. Já a faculdade fornece uma formação mais ampla e aprofundada, com disciplinas teóricas e práticas, proporcionando um campo maior de atuação. Outro ponto é a duração do curso do Instituto, geralmente menor, em relação a uma graduação. Como a formação do curso técnico é mais restrita, sua duração é menor, pois o objetivo é capacitar o estudante para o mercado de trabalho para uma atividade específica. Mesmo com uma universidade federal de graça e “na porta da casa”, há turmas com poucos alunos, o que indica algo errado: Cursos que não atraem a população caçapavana, desinteresse em buscar uma capacitação ou alunos que estão na busca de uma formação que permite um retorno financeiro mais rápido. Nesse caso, o curso técnico é a solução, pois, proporciona capacitação para sair trabalhando e, quem sabe depois fazer uma faculdade com mais tranquilidade.
Os dados no Brasil são estarrecedores com relação aos nossos jovens com idades entre 18 e 24 anos, 24,4% nem trabalha e nem estuda, chamada de geração “nem-nem” e apenas 11% estão matriculados no ensino técnico profissionalizante. Na Bahia 57,1% dos jovens não concluíram o Ensino Médio, outros estados também estão com índices elevados, ou seja, o ensino brasileiro é um desastre, estamos vendo crescer uma geração de jovens completamente analfabeta no conceito de “operacional”, o que não poderia ser diferente, visto que os professores encontram grandes dificuldades em rodar um jovem na escola, o que interessa são números e não qualidade de ensino. Quando falamos de melhorias sociais, essas passam pela formação escolar dos nossos jovens, não teremos nenhuma chance de desenvolver um país sem ensino de qualidade. Pela primeira vez na história da humanidade a geração de menos de 30 anos é considerada menos inteligente que seus pais, isso mostra a deficiência do nosso ensino e a falta de interesse dos jovens.
Sou um defensor do ensino técnico e vejo nele uma alternativa para os jovens que desejam trabalhar, pois se realmente aproveitarem as aulas, ao término do curso terão chance de buscar uma oportunidade de trabalho ou até mesmo montarem seu próprio negócio. O mercado de trabalho anseia por pessoas com competência e vontade de trabalhar, portanto, o grande empecilho para os jovens tem sido a péssima formação escolar e falta de curso de capacitação específico para uma atividade técnica. Nossa cidade pode mudar isso se conseguir trazer uma unidade do Instituto Federal, daremos um grande avanço na qualidade de ensino no nosso município e a economia local vai perceber as melhoras com o tempo, tomara que consigamos mais essa conquista.

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