As pesquisas sobre o desemprego no Brasil.
Segundo pesquisa do Pnad, realizada nos domicílios, o índice de desemprego no Brasil fechou em6,6% no final de 2024.
A fórmula para saber o percentual de desempregados?
Pelo critério do IBGE, a taxa de desemprego do Brasil é de 6,6%. A conta é feita dividindo o número de desempregados pela PEA (População Economicamente Ativa). Nesse cálculo, são excluídas todas as pessoas que optaram por não trabalhar, como estudantes, nem-nem (que não estudam e nem trabalham), herdeiros ou pessoas que vivem de Bolsa Família. Então, é claro que é considerado desempregado quem está buscando trabalho; os demais, mesmo desempregados, não entram no cálculo, o que não mostra a verdadeira realidade.
Então o desemprego é maior?
Sim, o número de pessoas sem trabalho formal no Brasil é imensamente maior do que os dados da pesquisa. Além disso, não se considera o trabalho informal. Segundo o IBGE, o Brasil fechou 2024 com 40 milhões de brasileiros trabalhando na informalidade, muitos desses fazendo “bicos”. Então, dizer que o desemprego é de apenas 6,6% é brincar com a inteligência das pessoas.
Desemprego x Pleno Emprego
Numa economia, o ideal é a existência de um percentual de desemprego, por mais duro que pareça dizer isso, mas o pleno emprego é a situação em que praticamente todas as pessoas que querem e estão aptas a trabalhar conseguem um emprego. Isso não significa desemprego zero, mas sim uma taxa muito baixa de desemprego. Esse fato gera a escassez de mão de obra, um fator importante no setor produtivo. Essa falta pode gerar mais problemas, como aumento do custo de produção pela elevação dos salários e falta de produção pela escassez de pessoas para trabalhar, entre outros.
O principal motivo para o baixo interesse em buscar um emprego
São os benefícios distribuídos pelo governo federal, sendo o líder deles o Bolsa Família, que em fevereiro chegou a 20,5 milhões de famílias ou 54 milhões de brasileiros, sendo que desse total 21 milhões são crianças e adolescentes até 16 anos. Temos, então, um terço da população recebendo esse benefício médio mensal de R$671,81. Sabemos da importância desse benefício para muita gente, mas, por outro lado, sabemos que muitos não trabalham com medo de perderem esse valor.
Resultado: Poucos sustentando muitos
Foi criada a cultura no Brasil de que o poder público deve custear a vida das famílias e de pessoas que poderiam trabalhar e preferem ficar vivendo às custas de quem trabalha muito e paga pesados impostos. Temos uma geração que se acostumou a receber dinheiro, remédios, comida, aluguel social, entre outras coisas, e, portanto, trabalhar passou a ser desnecessário.