Uma geração atrofiada

Colunistas Geral

A evolução do ser humano teve vários estágios, partindo dos primatas até chegar o momento atual, sempre evoluindo o que não está acontecendo com a geração atual que pela primeira vez na história da humanidade não apenas parou no tempo como sabe menos do que seus pais, a culpa vem do sistema que está gerando uma leva de pessoas desprovida de ensinamentos e atitudes. No passado o ciclo de vida era muito diferente, começava muito cedo, ainda muitos jovens de idade já estavam na ativa, tivemos reis menores de idade, um exemplo nosso é Dom Pedro II que foi coroado aos 14 anos e como ele tivemos muitos casos que ainda com pequena idade já comandavam nações, sem falar dos que comandavam negócios na iniciativa privada.
Mas não precisa ir muito longe no tempo, a minha geração teve uma infância muito diferente da geração dos de menos 30 anos, quando jovem trabalhava e comandava as minhas atividades, com 6 anos ia pra roça com os meus pais e com 8 anos trabalhava em um arado puxado a boi, fazia a colheita, tratava dela, cozinhava, tudo isso levantando de madrugada e o dia era repleto de atividades, assim como eu a grande maioria tinha essa mecânica de trabalho, mesmo assim não deixei de estudar e me formar, sem ter de abandonar o trabalho do campo, tudo isso me fez tornar um homem e valorizar cada coisa que fiz na vida.
Hoje a geração de menos 30 anos pouco produz, vive a exigir e reclamar de tudo, dos pais, dos professores, do governo, da sociedade, fazem da escola um ambiente de recreação com seus desfiles de roupas, bonés e adereços, o que menos interessa são os materiais escolares, essa geração é campeã de produzir o ócio, é uma geração que alguns chamam de “Nem-nem”, pois não trabalham e nem estudam, muito por culpa dos pais e dos direitos humanos que considera crime um jovem trabalhar, mas esses mesmos senhores não acham crime quando esses jovens e crianças cometem todo o tipo de delito, frequentam festas regadas a todo o tipo de droga.
Na minha longa jornada como professor universitário pude perceber o declínio das gerações atuais, a cada nova turma que entrava, ficava visível a queda de qualidade de aprendizado desses, chegavam à universidade sem saber fazer contas básicas de matemática, interpretar um texto simples ou até mesmo escrever sem apresentar erros grosseiros que agora as redes sociais tornaram público, sendo atestado de analfabetismo de milhões de brasileiros que não conseguem como diz o gaúcho, “acolherar as palavras”. Fazer uma entrevista de emprego com essa juventude é dolorido demais, ver o quão vazios estão de conhecimento escolar, técnico e da vida, por isso temos um desemprego ainda alto, não por falta de oportunidade e sim por falta de preparo mínimo dessa geração denominada de nem-nem, os coitados ainda pensam que são os “tais”. Mas os interesses pessoais de terminados políticos são favorecidos quando o povo é inculto.

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