Não somos eternos, por isso, precisamos pensar lá na frente, quando tivermos partido desse mundo, como vamos deixar a nossa vida patrimonial e para quem vamos deixar, quem vai nos suceder naquilo que juntamos ou fizemos, principalmente no meio empresarial, quando criamos um negócio não pensamos que um dia podemos morrer e se não planejarmos esse momento o mais certo é que a nossa empresa morra junto conosco o que seria muito ruim para quem dela depende como empregados, fornecedores, clientes entre outros.
Por isso precisamos pensar em quem vai nos suceder quando precisarmos parar ou mesmo vier a morrer. Chamamos isso de sucessão familiar, momento de decidir quem vai seguir tocando os negócios que criamos como forma desses seguir gerando renda e emprego. Uma coisa é certa, poucos são os que planejam essa sucessão com tempo a ponto de não criar rupturas no processo de gestão e nem na cultura da organização.
Neste artigo quero deixar algumas sugestões de como implementar esse processo que é extremamente necessário, isso é feito por pessoas que pensam nos outros que de alguma forma estão ligados ao negócio que criou.
O primeiro ponto é fazer uma comunicação clara e aberta com todos os membros da família envolvidos no negócio. Discuta suas expectativas, visões e planos para o futuro. Mantenha a transparência durante todo o processo, faça um planejamento antecipado, inicie o planejamento da sucessão com bastante antecedência. Isso dará tempo para discutir e resolver questões complexas, além de permitir que a nova geração se prepare adequadamente para assumir o negócio. Identifique talentos e interesses, avalie as habilidades, talentos e interesses de cada membro da família que possa estar envolvido no negócio a ponto de identificar as aptidões de cada um ajudará a designar papéis e responsabilidades adequadas. Busque aconselhamento externo: Considere a contratação de consultores especializados, como advogados, contadores e consultores de negócios, para orientar o processo de sucessão familiar. Eles podem ajudar a estruturar acordos, lidar com questões jurídicas e oferecer uma perspectiva imparcial.
Coloque no papel como será esse processo de sucessão, como um pacto de acionistas ou um acordo de família. Esses documentos devem abordar questões como distribuição de ações, entrada e saída de membros da família, tomada de decisões e resolução de conflitos. Importante desenvolver um plano de sucessão detalhado que deixe claro como a transição ocorrerá. Isso pode incluir um cronograma para a transferência gradual de responsabilidades, treinamento e desenvolvimento dos futuros líderes e um plano financeiro para a transferência de propriedade.
Mas nem sempre vai conseguir fazer essa sucessão dentro da família, filhos que buscam outro destino e não querem continuar naquilo que o pai trabalha, nessa hora a saída e buscar fora da família uma alternativa, entre elas a de vender a empresa, dessa forma ela continuará existindo. Outra alternativa é contratar um executivo que possa administrar o negócio. Resta ainda a opção de buscar um sócio mais jovem, essa foi a minha escolha dentro do quadro que tenho, já que as filhas seguiram outro destino, então resolvi trazer para o meu negócio um jovem, preparar e transformar em meu sócio, dentro da minha filosofia, mas claro aproveitando seu conhecimento e habilidades.
Deu certo e hoje tenho a certeza que se decidir parar ou vier a morrer a minha empresa não irá fechar, tudo o que criei não vai morrer junto comigo.
