Representante do Círculo de Pais e Mestres da E.M.E.F. Augusto Vitor Costa utiliza tribuna popular

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Representando a CPM, Marcia Daiane Lopes Fagundes, mãe de uma aluna, usou a tribuna popular durante sessão ordinária, de terça-feira (12), para abordar a situação delicada relacionada ao transporte escolar e a possibilidade de fechamento da escola devido ao remanejamento de alunos.

A escola que fica localizada na região do Durasnal, atende estudantes dos municípios de Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul. No entanto, devido a um impasse no que diz respeito ao transporte dos alunos, os prefeitos dos dois municípios estão considerando a opção de realocar os estudantes. Esta escola, que é considerada um ponto de referência na região, agora enfrenta a ameaça de encerrar suas atividades devido à possível falta de alunos. Cerca de 167 alunos, que atualmente frequentam a escola e residem em Cachoeira do Sul, teriam que ser transferidos para escolas em sua cidade até o ano de 2024, devido à essa falta de transporte.

Dessa forma, a escola, que atualmente conta com um total de 286 alunos, perderia metade de seus estudantes. Isso levaria à necessidade de operar em meio período, uma vez que com tão poucos alunos, a escola não receberia recurso suficiente para manter os dois turnos e a infraestrutura necessária. Além disso, isso implicaria também no remanejamento de professores e funcionários para outras escolas, o que, por sua vez, resultaria no término de projetos importantes como balé, invernada artística, banda escolar e o grupo afro “Filhos de Gandi”.

Márcia enfatizou: “Esta escola é um orgulho para nossa comunidade, com uma infraestrutura maravilhosa, incluindo salas com ar-condicionado, sala de vídeo, biblioteca e banheiros nas salas de aula do pré, resultado do trabalho intenso do CPM e da comunidade escolar. Também temos um ginásio de esportes, entre outras instalações de qualidade. Como poderemos manter tudo isso com tão poucos alunos? É difícil acreditar que uma disputa política entre dois gestores possa acabar com os sonhos de 167 crianças e adolescentes, bem como afetar mais de 100 famílias. Além disso, isso afetará todas as famílias da escola, já que os pais de Caçapava do Sul manifestaram sua oposição à nossa saída por meio de um abaixo-assinado.”

Em 2022, houve uma tentativa de acordo entre as prefeituras de Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul, onde o custo do transporte escolar seria dividido igualmente entre os dois municípios, sendo 50% para cada. No entanto, posteriormente, o prefeito de Caçapava do Sul voltou atrás, alegando outros compromissos financeiros relacionados à escola e aos alunos. Diante dessa situação, a comunidade escolar tem buscado apoio ativamente, sendo realizadas duas reuniões com a prefeitura de Caçapava na escola e uma sessão na câmara de vereadores de Cachoeira. Além disso, o Círculo de Pais e Mestres tomou medidas legais e ingressou com processo na PREDUC Santa Maria em que todas as ações serão informadas à promotora, e segundo informações, haverá uma audiência no dia 18 de setembro em busca de um acordo entre as partes.

Ao finalizar, Márcia deixou um e questionamento aos órgãos responsáveis: ”É fundamental que os governantes se preocupem com o futuro educacional dessas crianças, que passaram anos estudando nesta escola. Imagine o impacto que isso terá em seu aprendizado, já que serão transferidos para escolas desconhecidas, distantes de suas residências e, em muitos casos, enfrentando estradas precárias. Por que os prefeitos não conseguem chegar a um acordo? Será justo que os alunos de Cachoeira do Sul sejam retirados dessas escolas apenas por causa de sua naturalidade, sem levar em consideração a qualidade da educação que recebem?”

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