Na manhã desta quarta-feira, dia 4, o vereador Mariano Teixeira (PP) reuniu-se com um grupo de mulheres que sofrem com esta doença pouco conhecida pela maioria das pessoas.
A síndrome da fibromialgia (FM) é uma síndrome clínica crônica, ainda sem cura conhecida, que se manifesta com dor músculoesquelética difusa, associada à fadiga e diversos outros sintomas. Conforme especialistas, sabe-se que há uma desordem no Sistema Nervoso Central, que faz com que estímulos como o toque, calor, frio, entre outros, sejam interpretados pelo cérebro do paciente como dor. A síndrome atinge, em 90% dos casos, mulheres entre 35 e 50 anos, mas pode se manifestar em pessoas de qualquer gênero ou idade.
Está em tramitação no Legislativo o Projeto de Lei (5018/23), de autoria do vereador Mariano Teixeira, que institui a política municipal de proteção dos direitos das pessoas com Fibromialgia em Caçapava do Sul. O projeto prevê, entre outras medidas, o incentivo à formação e capacitação de profissionais especializados na rede básica de saúde; o atendimento especializado, na rede básica de saúde, por médicos clínicos capazes de diagnosticar e encaminhar para o tratamento adequado; o atendimento multidisciplinar na rede básica de saúde, com médicos e profissionais especializados em dor crônica, de acordo com os requisitos estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Reumatologia; o atendimento preferencial na rede básica de saúde do município pelas Práticas Integrativas e Complementares (PIC); bem como o direito da pessoa com Fibromialgia à sua correta identificação, devendo o Município emitir documento oficial de identificação, entre outros.
“Ouvi muitos relatos de pessoas que sofrem com esta doença pouco conhecida pela maioria da população e fiquei sensibilizado com os relatos de constantes dores no corpo, cansaço, falta de sono, ansiedade, falta de memória, entre outros sintomas. É essencial que a população esteja consciente dos desafios enfrentados pelas pessoas com Fibromialgia e se una a essa luta por melhores condições de vida e saúde. Com isso, apresentei este projeto de lei, buscando dar atenção às pessoas que sofrem desta síndrome e facilitar o cotidiano dos portadores de fibromialgia, que enfrentam longas filas, dificuldades de deslocamento, de trabalho e de convívio com outras pessoas que desconhecem os sintomas da doença”, afirmou Mariano.
Durante a reunião, as pacientes compartilharam várias dificuldades em obter atendimento médico especializado e outros direitos básicos para os portadores da síndrome. “É muito difícil receber o diagnóstico médico dizendo que é uma doença sem cura, que precisamos aprender a conviver com a dor intensa, a falta de sono, ansiedade, entre outros sintomas”, disse Carine Madri.
O objetivo do vereador Mariano é que a comunidade conheça mais sobre esta síndrome e, quem sabe, criar um grupo para debater, atender e garantir o atendimento especializado aos pacientes com Fibromialgia no sistema de saúde pública do município, além de promover maior dignidade e assegurar os direitos das pessoas que sofrem com a doença.