O Brasil da geração “nem-nem” onde vai parar?

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O Brasil não é mais um país de jovens. O Brasil será, em 2025, a sexta nação do mundo com mais pessoas acima de 70 anos — cerca de 33 milhões. No Brasil o contingente que mais crescerá será o dos cidadãos acima de 80 anos. A expectativa de vida, passou de 72 anos em 2006, para 75 anos nos dias atuais. Essa expectativa de vida aumentará gradativamente nas próximas décadas. A notícia mais desanimadora vem com um dado do IBGE divulgado em junho desse ano, onde revela que dos 49 milhões de brasileiros que estão na faixa dos 15 aos 29 anos em todo o País, 20% não estudam nem trabalham, esses números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) – Educação de 2022.
A realidade levantada pelo IBGE sobre os jovens que não estudam e nem trabalham é desanimadora e, para complicar ainda mais, temos um processo educacional no Brasil com defasagem de toda a ordem, falta gente preparada, estrutura física, metodologia atrativa, ensino eficiente entre outras questões. As avaliações sobre esse tema no Brasil, comparado a outras nações, são sempre desalentadoras, estamos na posição 64ª segundo um estudo elaborado pelo IMD World Competitiveness Center. Os resultados explicam pelo mau desempenho do país no que diz respeito aos gastos públicos totais em educação. Outro estudo mostra que de 37 países analisados, o Brasil figura em segundo lugar, ficando atrás apenas da África do Sul. Segundo o estudo Education at a Glance, 36% dos jovens de 18 a 24 anos não trabalham nem estudam. Seja como for, a realidade é vista nas escolas e no dia a dia quando tentamos contratar alguém para trabalhar.
Como imaginar um futuro próspero de um país que estará no controle de uma geração que não estuda e nem se interessa em trabalhar, que adora viver às custas dos pais, a geração “nem-nem”, a similaridade desses jovens estão: No precário acesso à educação; São financeiramente dependentes; Desistem dos estudos por diferentes razões; Sentem dificuldade para ingressar no mercado de trabalho e residente com familiares. Segundo o filósofo Imannuel Kant: ”O homem é aquilo o que a educação faz dele”. Nessa perspectiva, o homem é resultado do ensino que recebe. Logo, a educação é capaz de transformar o indivíduo e, consequentemente, a sociedade, já que sem a educação a sociedade não evolui e não gera empregos.
Os governantes com a colaboração da sociedade precisam urgentemente buscar uma alternativa para mudar esse quadro de inanição que se perpetua entre os jovens, uma geração que espera tudo pelos outros, que não pensa em gerar riquezas, produzir seu próprio sustento, uma geração que não busca uma qualificação de qualidade em tempos de tecnologia.
Contudo, temo pelo futuro do nosso país, mas sempre há tempo para mudar a rota, desde que desejamos e façamos alguma coisa nesse sentido.

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