Os anos passam e os governantes não aprendem, no lugar de gerir melhor os recursos optam por cobrar mais impostos do povo. Essa história vem desde o Brasil colônia, que era obrigado a pagar um alto tributo para o seu colonizador, Portugal. O imposto cobrado pela Coroa Portuguesa sobre o ouro encontrado correspondia a 20%, ou seja, 1/5 (um quinto). Este absurdo e altíssimo imposto, foi intitulado «O Quinto». Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. O «Quinto» era tão odiado pelos brasileiros, que foi apelidado de «O Quinto dos Infernos». A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os «quintos atrasados» de uma única vez, no episódio que ficou marcado em nossa história como «A Derrama»
Mesmo naquela época e com o rigor na criação de uma estrutura administrativa e fiscal, visando sobretudo a cobrança dos quintos, o imposto já era desviado. Afonso Sardinha, em seu testamento declarou que guardava o ouro em pó em vasos de barro. Outro uso comum era o de imagens sacras ocas para esconder o ouro, daí a expressão «santo do pau oco». A indignação da população ocasionou uma revolta intitulada de Inconfidência Mineira (1789), liderada por Tiradentes, os inconfidentes queriam a libertação do Brasil de Portugal. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e o conflito teve seu ponto culminante na prisão e no julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
Passado vários séculos e o que vimos é o aumento da carga tributária brasileira que hoje ultrapassa aos 40% do PIB, ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Assim, a carga tributária que nos aflige é de praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente «dois quintos dos infernos». A grande maioria da população questiona: Por que pagamos tanto imposto? Para financiar uma estrutura pública ineficiente em todas as suas bases, municípios, estados e união, geridas de forma amadora por políticos que visam se eternizar no poder através de medidas populistas que são custeadas via imposto retirada do suor do trabalhador.
Mas não satisfeito com o os 2/5(dois quintos) querem ainda mais, nos últimos meses foi a vez do governo federal tentar aumentar impostos através da desoneração das folhas de pagamentos de vários setores. Agora é o nosso governador que esqueceu as promessas de campanha, quando disse claramente que não aumentaria os impostos, e agora tenta desesperadamente aumentar o imposto que recai sobre tudo o que compramos que é o ICMS. Senhores gestores públicos, sejam mais competentes, aumentar receita é fácil e não resolve o problema, reduzam os seus gastos, verifiquem o quanto esses aumentaram nos últimos anos, portanto, reduzam despesas, sejam mais responsáveis e competentes para gerir as finanças públicas. Precisamos lutar conta a narrativa de que vai faltar dinheiro para saúde e educação, tudo isso é uma desculpa para cobrir a ineficiência no processo de gestão e os gastos imorais que os nossos governantes continuam a praticar.