O CASO QUEIROZ, A HIPOCRISIA E A HISTÓRIA

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O ano mal começou e o noticiário não dá trégua a respeito das trapalhadas no gabinete do senador eleito Flávio Bolsonaro. Depósitos considerados suspeitos pelo COAF, funcionários de seu gabinete ligados aos milicianos acusados de matar a vereadora Marielle Franco, tudo se transformou num nó górdio destinado a atacar, no nascedouro, o governo de Jair Bolsonaro e precipitar o seu impeachment. O outro objetivo, não menos evidente, é desmoralizar o eleitor de Bolsonaro como um iludido ou alguém que protege ilegalidades se forem cometidas por pessoas do seu grupo ideológico.
Os que têm memória, entretanto, sabem que a moralidade seletiva da esquerda vem de longe. Nos anos 50, uma outra família, de sobrenome Vargas, era conhecida tanto pelo populismo do pai quanto pelas peripécias dos filhos e irmãos. Benjamim Vargas, irmão do presidente Getúlio, e o filho Lutero, eram conhecidos por negócios nada ortodoxos, desde contrabando a tráfico de influência. A trama assassina que culminou na morte do major Rubem Vaz e nos ferimentos do deputado Carlos Lacerda, perpetrada dentro do Palácio do Catete, foi apenas o final trágico de um governo cujo líder preferiu uma bala no peito a entregar o poder, porque fatalmente seria preso.
O governo Dilma foi responsável por um passivo atuarial de R$ 10 trilhões na Petrobras. TRILHÕES. Em roubos apurados pela Lava Jato e outras operações, outros R$ 8 trilhões. Uma verdadeira quadrilha, que envolveu todos os estamentos do poder. Este esquema poderoso veio abaixo graças á coragem de um único juiz de primeira instância, hoje merecidamente ministro da Justiça, e alvo – evidentemente – do ódio das esquerdas que saíram do poder.
Por seguirem a máxima de Lenin – “acuse-os do que você faz, chame-os do que você é” – acusam os conservadores de moralidade seletiva, outra vez fazendo pouco caso da memória. Cerca de dez anos atrás, um corajoso senador chamado Demóstenes Torres era aplaudido como um feroz combatente do PT. Descoberto em um caso de corrupção e cassado, não se reelegeu. O que dizer então de Aécio Neves? Sua biografia, literalmente, acabou. E isto porque a maioria do povo brasileiro defende princípios, e não pessoas. Defendemos a honestidade, e não os que se dizem honestos.
Mas temos uma coisa que a esquerda não tem: noção de prioridade. Se Flávio Bolsonaro for culpado, que pague pelos seus malfeitos. Mas primeiro que se vá a fundo à “caixa-preta” do BNDES, que se investigue a roubalheira atroz e covarde a que fomos submetidos nos últimos anos, o patrimônio dos filhos de Lula, as malas de Rocha Loures. Não serviremos de escada a quem quer sabotar um projeto saneador para o país antes mesmo de começar, nem somos ingênuos para ignorar o jogo dos que estão desesperados com os próximos quatro anos.
Brasil acima de tudo. E ninguém acima da Lei.

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