O fim de um ciclo econômico

Colunistas Geral

As economias vivem de ciclos, momentos de prosperidades outros de crises, tanto a nível de país quanto a nível de regiões ou blocos econômicos, por muito tempo assistimos a China crescendo acima da média mundial, a economia europeia e estados unidos com inflação baixa e juros baixos, resultado que permitia a economia mundial andar de forma tranquila, mas chegou a pandemia e seus reflexos, tanto de mortalidade quanto de diretrizes que impuseram uma paralização forçada na economia e como consequência os momentos de normalidade foram embora, estamos entrando num ciclo mundial de juros altos, elevação da inflação e um processo de desglobalização.
A inflação no mundo gira entre 8% a 10%, alguns países que tomaram atitudes contra a economia de mercado como Argentina a sua inflação hoje se aproximando aos 100% ano, na Venezuela já passa dos 160% ano. No Brasil as medidas de restrição ao trabalho impostas por governos estaduais contra pessoas e empresas foram as causas de todo o desequilíbrio econômico que hoje enfrentamos, numa tentativa de amenizar tais medidas o governo federal foi obrigado a criar auxílios a famílias e alguns setores que passavam dificuldades, tais auxílios pesaram muito nos gastos públicos em muitos casos gerando um grande desequilíbrio nas contas públicas o que vai afetar outros setores como saúde, educação, segurança e infraestrutura e por consequência reduzir a capacidade de crescimento a nossa economia.
As razões que me permite dizer que teremos um ciclo econômico mundial difícil tem como base nos dados que relatei anteriormente, a pandemia gerou uma grande perturbação nas cadeias produtivas em especial de suprimentos que estão em falta gerando um grande descompasso no setor produtivo e com isso além da falta de produtos também impactou no preço final dado a elevação de custos como transportes e redução de horas trabalhas por força de decretos estaduais contra a atividade empresarial. Soma-se a isso a Guerra da Rússia, problemas na economia Chinesa, e também na zona do Euro juntos farão a economia mundial entrar num clico econômico de dificuldades, porque ainda vivemos conectados comercialmente num processo de muita dependência entre as economias, se uma for mal afeta muitas outras.
No caso do Brasil que agora enfrenta um processo eleitoral o que posso afirmar é que seja quem for o eleito não tem mais espaço para aumentar gastos públicos, precisamos voltar a ter um controle fiscal com limites para evitar que venhamos a entrar num grau de endividamento que comprometa toda a economia, quando gastamos mais do que ganhamos o resultado todo mundo já sabe, numa economia não é diferente, para gastar é precisa ter e nesse momento o país vem gastando o que não tem. Aguardaremos o próximo presidente eleito nos dizer qual linha de ação vai adotar com relação ao controle dos gastos públicos ou regime fiscal que vai adotar, mais ainda, qual direção a nossa economia vai seguir, se de uma economia de mercado, aberta e apoiada pelas decisões governamentais ou de uma economia que tende a ir na contramão.

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