Contraface
No dia 17 de Junho, a Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram a Operação Contraface, visando desarticular uma organização criminosa dedicada ao tráfico de entorpecentes e armas.
O grupo identificado transportava grandes quantidades de maconha e armas, oriundas do Paraguai e destinadas a vários Estados do Brasil, com uso de caminhões dotados de compartimentos ocultos.
Ao longo das investigações, foram apreendidos diversos carregamentos de entorpecentes e armas de fogo, totalizando aproximadamente 26 toneladas de maconha e 8 pistolas. Também foi apurado que, desde 2021 até a presente data, o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 14 milhões de origem criminosa.
Moto Perpétuo
No dia 4, a Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram a segunda fase da Operação Moto Perpétuo, cujo objetivo é identificar o patrimônio e os rendimentos oriundos de atividade criminosa realizada por uma organização liderada por um casal de empresários que atua no setor da saúde na região de Curitiba.
Esse casal já havia sido pego em outra ação, chamada Operação Fidúcia, que desarticulou uma organização criminosa que se utilizava de OSCIPs para fazer contratos com a Administração Pública e desviar dinheiro público.
A Receita Federal vem atuando fortemente para desmontar esses esquemas, que não só resultam na perda de recursos do erário mas também prejudicam o atendimento à população – neste caso, ainda por cima, em um setor crucial com a saúde.
Corisco Turbo
No dia 10, Receita Federal e Polícia Federal deflagraram outra ação conjunta, a Operação Corisco Turbo, para desarticular uma organização criminosa que importa ilegalmente grandes quantidades de mercadorias, prejudicando o comércio e a indústria nacionais e causando a perda de empregos no país.
As investigações apontam que o grupo criminoso se subdividia em núcleos responsáveis pela negociação e venda de eletrônicos, transporte e armazenamento, constituição de empresas fictícias, envio de dinheiro para o exterior e receptação para revenda em comércios.
Os investigadores também encontraram indícios de ocorrência dos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas por meio de doleiros e de transferência de criptomoedas.
Há indícios, ainda, da remessa ilegal de mais de 1,6 bilhão de reais ao exterior, estimando-se que foram internalizados no país mais de 500 mil telefones celulares pela organização criminosa nos últimos 5 anos.
Ao todo, foram mobilizados 250 policiais federais com 49 viaturas e 150 servidores da Receita Federal, utilizando 41 viaturas e um helicóptero.
A ação cobre oito estados e as equipes estão cumprindo 51 mandados de busca e apreensão, 25 ordens de sequestro de bens imóveis, 42 ordens de sequestro de veículos, além do bloqueio de 280 milhões de reais nas contas dos alvos da operação.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, que possuem penas máximas que podem chegar a 37 anos de reclusão.
O nome da operação, Corisco Turbo, faz referência ao modelo do avião apreendido no Aeródromo Botelho, em São Sebastião, em fevereiro de 2022, durante operação em flagrante que deu origem às investigações