Renata Miranda - Adm. da Universidade Federal do Pampa Psicanalista em Formação, Practitioner em PNL, Master Coach, Escritora e Palestrante

Vida & Carreira – 14.03.2019

Colunistas

Manter-se equilibrado é o grande desafio da vida. Corremos tanto todos os dias. Filhos, marido, trabalho, casa, cuidados pessoais. Não me refiro só a tarefas do cotidiano, mas a organização emocional, mental, corporal, financeira e do ambiente em que vivemos. Como é difícil atingir aquele ponto de paz absoluta onde tudo encontra-se no seu lugar.
Nesse momento estou me reconstruindo mais uma vez. Algo natural para uma pessoa cujo nome significa renascida. Estou me reinventando, testando novos caminhos, desenvolvendo minha inteligência emocional, corrigindo minhas falhas, controlando melhor minhas finanças, praticando o perdão, limpando a casa, as gavetas e o meu coração. Aprofundando meus conhecimentos em terapia holística, trabalhando minha energia, concluindo meu curso de psicanálise, vivenciando experiências únicas e especiais prestando atenção em cada detalhe do meu comportamento e das pessoas que me cercam. O contato com a natureza e minha sensibilidade espiritual me mostram a cada dia o quanto é gostosa a solidão. Aprendi a limpar a mente escutando músicas de meditação onde não existe nenhuma letra para atrapalhar meu foco, apenas uma frequência de som que me conecta ao que estou fazendo no momento. E assim redescobri uma Renata que adora jardinagem, pintar paredes, fazer mandalas e construir esculturas de gesso. É como se minha essência estivesse aflorando e do meio do meu peito explodisse uma cascata de luz que me mantem num eixo de equilíbrio. Quando esqueço de me conectar com isso, desequilibro e acabo me arrependendo depois.
A pessoa que adora falar pelos cotovelos em cima de um palco também adora o silêncio, a introspeção, prestar atenção no que não está sendo dito, mas demonstrado através das atitudes de cada um. Já estou especialista em enxergar falta de congruência. As pessoas são muito boas em falar, mas suas atitudes denunciam que suas vidas não estão alinhadas ao que aparentam ser. Como um grande teatro, onde ninguém mostra o que realmente sente, muito menos o que pensa. Como se fossem personagens de uma vida fictícia onde é proibido respeitar o que lhe faz verdadeiramente feliz para agradar os outros. Parecem anestesiadas. Com o cérebro dominado por uma caixa de Rivotril. Sorrisos congelados, cujas almas estão chorando de dor. Um mundo de aparências onde o SER vem depois do TER e a comparação com os outros é mais importante do que olhar somente para si.

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